quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

INSEGURANÇA EM NOSSO LITORAL

Rua que concentra veransitas em Muriú tem casas à venda

Proprietários colocam suas casas à venda por falta de segurança


A beleza natural está refém do crime. Em quesito de insegurança, em cada esquina, ou calçada, do litoral norte potiguar muitas histórias a contar. Nas praias de Jacumã, Porto-Mirim e Muriú, localizadas no município de Ceará-Mirim, é fácil encontrar alguém que foi vítima da incapacidade da polícia de conter a sanha criminosa. Assalto à mão armada, arrombamento e até assassinato dividem espaço com as belezas naturais das praias turísticas e se tornam cada vez mais frequentes na região. O contrato de segurança particular não é apenas uma opção. Moradores e comerciantes recorrem ao contrato de vigias, câmeras de segurança, alarmes e até cães de guarda para remediar o medo que se alastra por se tornar mais uma vítima.

Eliene de Souza, comerciante local, amarga a perda do pai num assalto ocorrido há um ano. “Mataram meu pai por causa de R$ 3 mil”, conta. Ele estava em casa, após um dia trabalho no mercado da família. Histórias sobre assaltos não faltam para ela. O comércio tanto já foi roubado a mão armada, quanto arrombado, por diversas vezes, fora as abordagens pessoais. “Minha segurança é só Jesus. Vivemos a todo momento na expectativa de algo acontecer”, confessa a comerciante que paga um vigia para a noite, e instalou câmeras e alarme no prédio.

 Posto policial encontra-se fechado devido à falta de estrutura

Dentre a causa dos males, a falta de estrutura para o policiamento é apontado como a principal dificuldade.  O único posto policial que cobre tanto Muriú, que contém mais de 9 mil habitantes, quanto as outras duas praias está fechado para reforma há quase um mês. Mas, segundo os moradores da região, antes mesmo da obra ele já não era utilizado há algum tempo pelas péssimas condições do posto policial.

Na Praia de Muriú duas vias caracterizam o local. Enquanto na avenida Antônio Basílio, que adentra  em direção ao mar e se concentra a movimentação comercial da cidade com mercados, farmácias, moto-táxi, na Rua Nova, as casas vazias de exclusivo uso para o veraneio prevalecem e se tornam alvo comum do crime. Em todas as três praias placas de oferta para venda e aluguel são constantes. As pessoas cansaram de esperar por mais segurança nos meses que seguem ao veraneio.

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