quinta-feira, 12 de junho de 2014

CENA DEPLORÁVEL . . .


NÃO PODIA ACONTECER COM QUEM JUROU DEFENDER A CONSTITUIÇÃO

AÇÃO E REAÇÃO

A comunidade jurídica assistiu ontem, atônita, a algo inédito na história de nossa mais que secular Suprema Corte: um advogado viu sua palavra ser cassada e, como se não bastasse, foi expulso do plenário.

O advogado Luiz Fernando Pacheco, que defende José Genoino na famigerada AP 470, não tendo mais recursos regimentais para ver apreciada sua lídima pretensão, foi à tribuna da Corte pleitear o direito de que seu caso fosse julgado.

O ministro JB, que consoante ressabido não recebe advogados, não admitiu a interrupção da sessão: mandou desligar o microfone e, ato contínuo, chamou os truculentos seguranças para expulsar o advogado do prédio.


"O advogado é inviolável no exercício da profissão. O presidente do STF, que jurou cumprir a Carta Federal, traiu seu compromisso ao desrespeitar o advogado na tribuna da Suprema Corte."
Diretoria do Conselho Federal da OAB

 "Nem dos anos de chumbo, os advogados que militaram nos tribunais militares foram submetidos a um espetáculo degradante e humilhante como esse."
Técio Lins e Silva - Instituto dos Advogados Brasileiros

 "A postura arbitrária e autoritária revela o desprezo do ministro pelo sagrado exercício do direto de defesa e o desrespeito à figura do advogado."

Augusto de Arruda Botelho - Instituto de Defesa do Direito de Defesa

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