O aniversário de 100 anos do mestre da cultura popular Tião Oleiro,
completados nesta quarta-feira, 14, será comemorado em Ceará-Mirim, sua
cidade natal, com uma missa solene a partir das 17h na Igreja Matriz de
Nossa Senhora da Conceição. Após o evento religioso, haverá
apresentações de Caboclinhos e do Boi de Reis de Matas na Praça Barão.
Sebastião João da Rocha, nome completo de Tião Oleiro, é mestre do
grupo folclórico Congos de Guerra de Ceará-Mirim. Ele receberá, ainda,
mais uma homenagem, na abertura do evento Teia da Diversidade Cultural,
que será realizado em Natal de 19 a 24 deste mês.
Tião Oleiro é um dos nossos mestres da cultura popular inseridos na Lei do Patrimônio Vivo, cuja autoria é do deputado Fernando Mineiro (PT). A lei oferece auxílio a folcloristas, mestres e grupos da cultura popular com mais de 20 anos de atuação no RN.
O mestre Tião Oleiro nasceu em 14 de maio de 1914. Aos oito anos, iniciou suas atividades como brincante daquela manifestação popular comandada por seu pai desde o ano de 1900, quando fundou sua congada.
A vida dele foi dedicada inteiramente ao folclore através dos Congos de Guerra, apesar de ter sido trabalhador rural e foguista nos engenhos de açúcar de Ceará-Mirim. No tempo livre, se dedicava aos congos e pastoris, animados por ele e seu inseparável acordeom de oito baixos.
Em 1934, quando seu pai deixou o grupo, o mestre Tião Oleiro assumiu sua coordenação e, desde então, lutou para que essa tradição popular do vale do Ceará-Mirim não desaparecesse. Dessa forma, manteve preservadas durante os últimos 80 anos suas músicas, coreografias e dramatizações, o credenciando ao título de Patrimônio Vivo do Rio Grande do Norte, através da Fundação José Augusto no ano de 2009.
Nenhum comentário:
Postar um comentário