quinta-feira, 22 de maio de 2014

HOMENAGEM

Patrimônio Vivo do RN, Tião Oleiro criou o Congo de Guerra inspirado em grupo de seu pai

 

FESTEJANDO O MESTRE CENTENÁRIO TIÃO OLEIRO

 
Com cem anos de vida, 80 deles dedicados à Congada, o Mestre Tião Oleiro será homenageado nesta quinta-feira (22) na Teia Nacional da Diversidade 2014 – 5º Encontro Nacional dos Pontos de Cultura, que está sendo realizado em Natal. 
 
Tião nasceu em 14 de maio de 1914 e é o criador do Congo de Guerra - manifestação da cultura popular do município de Ceará-Mirim, no Rio Grande do Norte. Ele aprendeu a dançar e cantar o congo ainda menino. Escondido, assistia aos ensaios do Congo de Saia, do qual seu pai, Mestre João José da Rocha, fazia parte. 

Com o tempo, foi crescendo o desejo de ter seu próprio grupo e, como já sabia todas as cantorias e danças, resolveu, aos 20 anos, juntar alguns amigos. O nome foi inspirado na Revolução Constitucionalista, também conhecida como a Guerra de São Paulo, que ocorreu na década de 1930.

Na época, a revolução levou muitas pessoas do Nordeste para São Paulo, inclusive alguns amigos de Tião, cuja obra é conhecida no Brasil e em vários países através do programa Toda Beleza, exibido pelo Canal Futura.

Tião também é Patrimônio Vivo do RN, projeto do deputado Fernando Mineiro (PT), que selecionou sete mestres e três grupos folclóricos do estado. Ceará-Mirim foi contemplado com a seleção do Grupo Cabocolinhos e com o Mestre do Congo de Guerra. O grupo resistiu durante esses 80 anos pela perseverança de seus integrantes, que para manter a tradição faziam cotinhas para arcar com os custos das roupas e outros gastos.



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