ADVOGADO CIDADÃO
Delação premiada implica Gilson Moura nos desvios
Depoentes de seis dos processos da Operação Pecado Capital – suposto
esquema de desvio de recursos no âmbito do Instituto de Pesos e
Medidas do RN (Ipem) – envolveram o nome do deputado estadual Gilson
Moura (PROS) como beneficiado direto das fraudes. O parlamentar já havia
sido mencionado por diversas ocasiões pelo Ministério Público, autor
das denúncias. Os depoimentos foram prestados sob juramento ao juiz da
2ª Vara Criminal da Justiça Federal, Walter Nunes, na presença do
procurador da República, Rodrigo Telles. Onze dos acusados optaram pela
delação premiada, ou seja, disseram o que sabiam em troca de um
possível perdão judicial.
Além de procurar desbaratar as fraudes ocorridas nas licitações do
órgão, na concepção aleatória de notas fiscais e na fiscalização de
postos de combustíveis, a audiência de ontem desvendou a razão da
existência de parte dos funcionários fantasmas da gestão de 2008 a 2010.
Para receber o pagamento pelo aluguel de três trios elétricos, durante a
campanha de prefeito de 2008 de Gilson Moura – então candidato em
Parnamirim – Sebastião Garcia, o proprietário, teve que fornecer o
número de cinco contas correntes onde o recursos seriam antecipadamente
depositados.
O esquema era o seguinte, segundo depoimento do
acusado: um irmão, dois sobrinhos, uma amiga, além do próprio,
forneceram dados pessoais e números das contas de banco onde foram
efetuados depósitos no montante total de R$ 75 mil, o equivalente ao
aluguel dos veículos. Como se fossem funcionários do órgão, os valores
eram depositados mensalmente por meio de ordem bancária do Ipem.
Ninguém, nem mesmo Sebastião, sabia a origem dos recursos. E quando
desconfiaram - garantiram eles, imaginaram ser razão de aluguel dos
veículos ao instituto de pesos e medidas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário