Telexfree terá de ressarcir investidor em R$ 300 mil
Empresa acusada de pirâmide nega a ilegalidade e diz suas atividades não configuram pirâmide financeira, mas "marketing de rede"
Fonte | Conjur - Quarta Feira, 16 de Outubro de 2013
A
Ympactus Comercial, representante da Telexfree, terá de ressarcir um
divulgador de Mato Grosso que investiu mais de R$ 300 mil na aquisição
dos serviços da empresa. A
decisão, em concessão de tutela antecipada, é da juíza Milena Ramos de
Lima, da 6ª Vara da Comarca de Alta Floresta (MT), que determinou o
bloqueio do valor nas contas da empresa e a vinculação da quantia ao
autor da ação.
Acusada pelo Ministério Público do Acre de operar um esquema pirâmide financeira do país, a Telexfree teve suas atividades suspensas em junho por decisão da 2ª Vara Cível de Rio Branco. Desde então, investidores que ficaram impedidos de obter o retorno financeiro acionaram a empresa reivindicando ressarcimento. A empresa nega a ilegalidade e diz suas atividades não configuram pirâmide financeira, mas "marketing de rede".
No caso do divulgador de MT, ele alegou ter pago à empresa R$ 301,4 mil pela aquisição de 99 kits de contas de telefonia VOIP 99, na modalidade de “Adesão ADCentral Family”. Mesmo sem provas materiais terem sido apresentadas, a juíza acolheu a acusação pela verossimilhança a outros casos julgados pela mesma corte.
A decisão foi comunicada ao Tribunal de Justiça do Acre, onde tramita a Ação Civil Pública que culminou com o bloqueio dos bens e das atividades da empresa em todo o país. No comunicado, a juíza mato-grossense solicita o depósito do referido valor em conta judicial do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
De acordo com a assessoria de imprensa do TJ-MT, essa foi a terceira ordem de bloqueio de bens da Telexfree emitida no estado. Decisões semelhantes também foram proferidas em Rondonópolis e Dom Aquino.
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