NÃO PODIA ACONTECER COM QUEM JUROU DEFENDER A CONSTITUIÇÃO
AÇÃO E REAÇÃO
A comunidade
jurídica assistiu ontem, atônita, a algo inédito na história de nossa mais
que secular Suprema Corte: um advogado viu sua palavra ser cassada e, como
se não bastasse, foi expulso do plenário.
O advogado Luiz Fernando Pacheco,
que defende José Genoino na famigerada AP 470, não tendo mais recursos
regimentais para ver apreciada sua lídima pretensão, foi à tribuna da Corte
pleitear o direito de que seu caso fosse julgado.
O ministro JB, que
consoante ressabido não recebe advogados, não admitiu a interrupção da sessão: mandou desligar o microfone e, ato contínuo, chamou os truculentos
seguranças para expulsar o advogado do prédio.
"O advogado é inviolável no exercício da profissão. O presidente do STF, que jurou cumprir a Carta Federal, traiu seu compromisso ao desrespeitar o advogado na tribuna da Suprema Corte."
Diretoria do Conselho Federal da OAB
"Nem dos anos de chumbo, os advogados
que militaram nos tribunais militares foram submetidos a um espetáculo
degradante e humilhante como esse."
Técio Lins e Silva - Instituto dos Advogados Brasileiros
"A postura arbitrária e autoritária
revela o desprezo do ministro pelo sagrado exercício do direto de defesa
e o desrespeito à figura do advogado."
Augusto de Arruda Botelho - Instituto de Defesa do Direito de Defesa
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