sexta-feira, 9 de junho de 2017

NOSSA HISTÓRIA

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A ESTÓRIA DE EMMA
Por Franklin Marinho Barbosa de Queiroz

Dr. Victor José de Castro Barroca (ou simplesmente Dr. Barroca), era juiz de direito de Ceará-Mirim, e foi o fundador do Engenho Verde Nasce. Mandou os seus filhos (um casal) estudar na Inglaterra, e foram acompanhados, para auxiliá-los nos trabalhos domésticos, de uma criada, a Raimunda (que será o sujeito de outra narrativa). 

O filho varão, Marcello Olympio de Oliveira Barroca, apaixonou-se por uma inglesa, chamada Emma, com quem se casou e logo em seguida retornou ao Brasil, acompanhado da esposa, indo fixar residência no Engenho da sua família (o Verde Nasce). Logo a inglesa engravidou e teve uma filha, a quem foi dado, também, o nome de Emma.

Em 1880, com 26 anos de idade, Emma veio a falecer, mas as causas da sua morte até hoje não estão claras. O escritor Nilo Pereira diz que ela morreu de impaludismo. O pesquisador Alcides Marinho de Queiroz Neto afirma que ela morreu em decorrência de complicações durante o parto.
A Igreja Católica de Ceará-Mirim, à época donatária do cemitério, não permitiu que a inglesa fosse enterrada no local, já que professava a religião anglicana. Por esse motivo, os seus familiares foram obrigados a enterrá-la nas terras do engenho. O marido mandou fazer um jazigo para a sua amada no alto de uma colina, num local onde a saudade, diante da beleza do vale, pudesse ser minimizada.

O túmulo resiste ao tempo. Embora em escombros, ele está lá - como um símbolo de amor - na colina do Verde Nasce. Foi violado inúmeras vezes, em razão de um boato, segundo o qual, a inglesa Emma teria sido enterrada com todos os seus pertences, inclusive joias de valor elevado. É comentário corrente que nem os ossos da inglesa foram respeitados.
Esta é uma das tantas estórias da história de Ceará-Mirim.

FONTE: ACLA


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