Desculpas de mais, crescimento de menos, diz Felipe Maia
Em discurso na Câmara, nesta quarta-feira, o deputado lamentou as justificativas usadas pelo governo federal para explicar a desaceleração da economia brasileira
O Brasil está em uma situação crítica no que se refere ao crescimento da economia. Essa é a avaliação do deputado federal Felipe Maia (DEM), feita durante discurso proferido na tribuna da Câmara, nesta quarta-feira (03). De acordo com o parlamentar, no primeiro trimestre deste ano o país teve um crescimento negativo de 0,2% e no segundo trimestre, o resultado negativo chegou a 0,6%. “Crescer pouco é muito perigoso, pois resulta em falta de recursos para construção de estradas, para hospitais, para investimentos sociais. Além de frear a geração de empregos. E se não fosse o agronegócio que cresceu 0,2% e o consumo das famílias que cresceu 0,3%, nós teríamos um dos resultados mais negativos do mundo”, disse o deputado.
Para justificar as quedas constantes na economia brasileira, o governo federal atribuiu os resultados negativos ao cenário externo, à seca e à Copa do Mundo deste ano. Entretanto, Felipe Maia lembrou que a transposição do Rio São Francisco, uma alternativa ao problema da estiagem no Nordeste e promessa do governo do PT há doze anos, ainda não saiu do papel. Em contrapartida, o valor da obra dobrou e passou de R$ 4,5 bilhões para R$ 8,2 bilhões. “Por incompetência administrativa, a única coisa que saiu do papel foram os aditivos contratuais, com dinheiro público mau empregado e sem conseguir transformar isso em uma obra edificante”, lamentou.
A Copa do Mundo, outro argumento usado pelo governo federal para justificar o baixo desenvolvimento brasileiro já foi apontado pelo ministro Guido Mantega como meio de impulsionar o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). “É preciso que a equipe econômica desse governo defina se a Copa ajuda ou atrapalha. Quando é para dizer que fez um gol, dizem que a Copa do Mundo é fundamental. Mas quando há desaceleração da economia, vem o ministro dizer que a culpa é da Copa?”, indagou.
Em relação ao cenário externo, Felipe Maia lembrou que o governo Dilma ocupa o 123º lugar no ranking de crescimento mundial entre 187 países do mundo. Na América do Sul, o Brasil está na lanterna, ocupando a última posição. “O povo brasileiro não aguenta mais essa equipe econômica que leva o nosso país para o rumo errado. Diante dessa situação, resta aos brasileiros escolherem daqui a poucas semanas, um presidente da República e uma equipe econômica mais capazes de lidar com a crise que bate em nossa porta”, afirmou.
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